Por que tanto medo?


E às vezes, eu simplesmente me afogo. Em meio aos gritos de desespero. Puro desespero. Não é daqueles que ficam estampados na cara. São aqueles que, quem vê de fora, nem percebe. Daquele tipo que ninguém parece compreender, mas que você insiste em tentar fazer com que entendam. Pura perda de tempo. Existem pessoas que, nem se quisessem, entenderiam. Você, e somente você, sabe, melhor do que ninguém, o que se passa aí dentro. E não é falta de tentar. Há cada dia que passa, desde que comecei a me entender por gente (e isso não foi há pouco tempo), tento fazer com que entendam. Mais uma vez. Pura perda de tempo. Pode até existir alguém que entenda um terço, a metade, mas ninguém nunca vai entender um todo. Não mesmo, não dá! Não há quem entenda, ninguém como você. Aqueles momentos em que mergulhamos em pensamentos profundos, dúvidas frequentes, ou até mesmo, aqueles medos que ficam escondidinhos, lá no fundo da nossa alma, esperando que você cutuque. 

E então, já era, amigo.
Todos eles vem à tona.
De uma só vez.
Não dá pra dizer, ou explicar, quando ou por que acontece, mas pode-se dizer que é quando a gente menos espera. Isso é fato.
 “E quando um é mais do que o outro?"
Ainda vejo pessoas insistirem em competir seus próprios medos.
"Eu tenho medo disso."
"É, mas eu tenho medo daquilo."
Qual o sentido? Por que competir com o medo dos outros? Medo é medo, e pronto. Não adianta rezar.
Alguns podem ser menos racionais, ou até serem completamente irracionais, mas não tem nenhum "medo" maior do que outro.

E eu nem me lembro sobre o que estava falando no começo.
Esse é o meu medo.


Frase do dia (ou da noite...):
 “Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
-
Clarice Lispector




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